quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Igreja no Mundo

NOTAS SOBRE A CATOLICIDADE DA IGREJA


A Igreja é o trabalho de Cristo na terra; ela é a imagem e moradia de Sua abençoada Presença no mundo. E no dia de Pentecostes o Espírito Santo desceu sobre a Igreja, que estava então representada pelos doze Apóstolos e por aqueles que estavam com eles, especialmente Maria, Sua mãe. Ele entrou no mundo para morar conosco e agir mais completamente do que jamais havia agido anteriormente: "porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado" (João 7,39).

Em Cristo, como Deus-Homem, o significado da raça humana não só é revelado como cumprido. Em Cristo a natureza humana é aperfeiçoada, é renovada, reconstruída, criada nova. O destino humano encontra seu objetivo: Cristo revela ao ser humano sua verdadeira face.

Assim sendo, "A Igreja é o completamento de Cristo da mesma maneira que a cabeça completa o corpo e o corpo é completado pela cabeça. Por ai nós compreendemos porque o Apóstolo vê que Cristo, como a Cabeça precisa de todos os seus membros. Porque se muitos de nós não fossemos, um a mão, outro o pé, outros ainda outros membros, Seu corpo não estaria completo. Assim Seu corpo é formado de todos os seus membros. Isso significa, "Que a cabeça estará completa, somente quando o corpo é perfeito; quando nós todos estivermos mui firmemente unidos e reforçados” (São João Crisóstomo, Homilia aos Efésios 3, 2; Migne, P. 1xii.c.26).

A catolicidade da Igreja não é um conceito quantitativo ou geográfico. Ele não depende em nada da dispersão dos fiéis pelo mundo todo. A universalidade da Igreja é a conseqüência ou a manifestação, mas não a causa ou a base de sua catolicidade. A extensão por todo o mundo ou a universalidade da Igreja é só um sinal exterior, sinal que não é absolutamente necessário. A Igreja é católica não só por causa de sua entidade totalmente abrangente, ou porque une todos os seus membros, todas as Igrejas locais, mas sim porque ela é católica em tudo, na sua menor parte, em todos os atos e eventos de sua vida. A natureza de Igreja é católica; a própria trama do corpo da Igreja é católica.

O valor decisivo reside na catolicidade interna e não em universalidade empírica. As opiniões dos Padres são aceitas, não como uma sujeição formal a uma autoridade externa, mas por causa da evidência interna da verdade católica. O corpo todo da Igreja tem o direito de verificar, e para ser mais exato, o direito, e não só o direito mas o dever, de certificar.
O Cristianismo desde seu início existiu como uma realidade corporativa, como uma comunidade. Ser Cristão significa justamente pertencer à comunidade. Ninguém pode ser Cristão por si próprio, como um indivíduo isolado, mas só junto com os "irmãos," em uma "junção" com eles.

A catolicidade se dá porque a Igreja é a unidade da vida carismática. A fonte dessa unidade está escondida no sacramento da Eucaristia e no mistério do Pentecostes. E o Pentecostes continua na Igreja tornado permanente por meio da Sucessão Apostólica.

A Igreja é aqui, nesse mundo, para a salvação dele. Mas justo por essa razão ela tem que se opor e renunciar a "esse" mundo. Deus pede o homem todo, e a Igreja dá testemunho e apoio a essa exigência "totalitária" de Deus revelada em Cristo. O Cristão tem que ser uma "nova criação". Quando nos inserimos em Cristo e damos continuidade a seu plano salvífico aí a Catolicidade da Igreja se torna realidade palpável.




Pe. Jorge Ribeiro








“Diocese é a porção do povo de Deus, que se confia aos cuidados pastorais de um Bispo, coadjuvado pelo seu presbitério. Unida a seu pastor e reunida por ele no Espírito Santo por meio do Evangelho e da Eucaristia, constitui uma Igreja Particular, na qual está e opera a Igreja de Cristo, Uma, Santa, Católica e Apostólica.” (Christus Dominus 11)




A Diocese de Feira de Santana foi desmembrada da Arquidiocese de São Salvador da Bahia pela Bula Novae Ecclesiae assinada pelo saudoso Papa João XXIII do dia 21 de julho de 1962. Com as bênçãos de Senhora Sant’Ana recebemos o nosso primeiro Bispo, Dom Jackson Berenguer Prado (1962-1971), que com muito vigor assumiu a difícil tarefa de organizar a Diocese recém-criada. Nossa Diocese permaneceu vacante por dois anos devido a nomeação de Dom Jackson para a Diocese de Vitória da Conquista.



No ano de 1973 foi nomeado para Feira de Santana o então Bispo de Caetité, Dom Silvério Jarbas Paulo de Albuquerque,OFM que renunciou no ano de 1995. Muitas foram as lutas de Dom Silvério por causa da falta de sacerdotes para atender as diversas Paróquias. Estimulou o surgimento de vocações autóctones pois o trabalho na messe do Senhor estava cada vez mais exigindo pessoas preparadas para caminhar com a realidade do povo.



Assumiu a Diocese no ano de 1995, Dom Itamar Vian, OFMcap vindo da Diocese de Barra e tendo como lema episcopal: “Somos todos irmãos”. A Diocese de feira de Santana foi elevada a Sede Arquidiocesana com uma bela Concelebração Eucarística na Praça da Matriz no dia 16 de março de 2002 presidida pelo Núncio Apostólico Dom Alfio Rapisarda. Dom Itamar recebeu então o título de Arcebispo sendo o primeiro de uma história que continuará pelas terras de Sant’Ana. Dom Itamar sempre se mostrou atencioso com seu clero, com as Paróquias e as pastorais. Homem simples, grande comunicador da mensagem evangélica guia com muita sabedoria o rebanho que o Senhor lhe confiou distribuído em 35 Paróquias de toda a Arquidiocese.


Junto ao nosso louvor a Deus vai o profundo agradecimento a cada um que nesses 45 anos caminham lado a lado conosco ajudando-nos a construir nossa história. Você que nos acompanhou sempre ou está nos conhecendo, una-se a nós para cantarmos ao Senhor “porque eterno é seu amor e sua fidelidade permanece para sempre”.



Luciano Curvelo

Um comentário:

PE. JORGE RIBEIRO disse...

O homem é um ser ambivalente, cheio de contradições na propria estrutura; capaz de coisas nobres e futilezas ao mesmo tempo, de se expressar negativa e positivamente a um mesmo tempo; a ambiguidade longe de ser um defeito, é o que impulsiona o ser humano a buscar sempre, a se colocar em atitude investigador, de prescrutador dos proprios ideais; dessa forma, a verdade è algo para ser conquistado continuamente, numa harmonia entre o pensar e o agir, num desembocar de certezas e movimentos, pois o mesmo ser que busca é um buscador, um desenfreado investigador da felicidade, realidade que ele conquista somente num momento e no outro é escapada; como um ser com natureza movediça como é o homem poderia conquistar uma verdade e uma felicidade absolutas, se ele mesmo não tem nada de absoluto na sua estrutura? O homem é esse investigador da verdade, um mixto de pensamento e ação, um amálgama de presente e devir.O homem é um continuos, uma sintese de contradições e revelações, de experiëncias e sonhos, pois ele pode colocar num mesmo mundo o pensar e o agir.

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