quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Mundo de Sophia

De onde vim? O que é que faço? Para onde vou? Quem sou? O que é que quero?



É certo que, desde o surgimento do ser humano na terra, muitas foram as indagações a respeito do mesmo. Muitos pensadores (filósofos) e até mesmo a ciência, incubiram-se a estudar questões concatenadas à natureza humana. Apesar de muitas pesquisas, epistemologicamente falando, quase nada foi elucidado a respeito de sua origem e atividade, ou seja, o homem continua sendo uma icógnita.

Paradoxalmente, criamos técnicas e, por meio dessas, controlamos e explicamos todo universo, porém, por outro lado, não sabemos se quer, falar de nossa própria essência, de nossa própria natureza...é contraditório! Como devemos nos comportar diante do abordado? Eu, por exemplo, prefiro engendrar a minha linda de pensamento e, por meio dessa, comportar-me acreditando que sabemos sim a respeito de nossa humanidade; porém, pelo que me parece,o que está em jogo, não é o fato de não sabermos de onde vinhemos, mas sim, a dificudade de aceitar que somos fruto de uma realidade, de uma história, a qual nos projetou ao mundo, e fez de nós o que somos.

Somos e vinhemos de uma história e, particulamente, cada individuo possui a sua história; o difícil é aceitá-la, pois nem sempre, esta nos é favorável. O correto é que, mesmo fugindo dela, querendo ou não, construímos uma identidade. Mas construir uma identidade, nem sempre significa grandes êxitos. Pois, num sentido mais profundo, na maioria das vezes, em meio as tantas atividades que executamos, é quase impossível dizer ou explicar o que realmente fazemos ou vinhemos fazer nesse planeta. Isso se dá, porque não fazemos o que realmente gosteriarmos de fazer. Infelizmente, fazemos aquilo que a sociedade cobra e espera que façamos. Infligir tal lei, é, de certa forma, não se lançar, mas ser lançado à própria margem da sociedade. Para que isso não venha acontecer, abdicamos dos nossos sentimentos, aptidões e vontades. Com issso, abraçamos um sistema, que escraviza e fere a dignidade humana. Nesse dilema, sentimo-nos como que perdidos, sem rumo e sem horizontes. Podemos, em alguns casos, até saber para onde vamos ou aonde queremos chegar, mas, conforme diz o compositor Toquinho, na música “aquarela”: “o futuro é uma astronave que tentamos pilotar; não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar. Sem pedir lincença muda a nossa vida e depois convida rir ou chorar. Nessa estrada, não nos cabe conhecer ou ver o que virá. O fim dela, ninguém sabe bem ao certo onde vai dá”...

Se assim procede, qual deveria ser a nossa atitude diante da incerteza? Não planejar o futuro? Não cultivar os nossos sonhos? Não sei! Tudo que sei, é que se assim fosse feito, poderiamos estar anulando a possibilidade de sofrermos, pois se o sofrimento existe, este é a dor que sentimos, por causa de um sonho não realizado. Falando em sonho, há um sonho que é comum a todo ser humano, o mesmo consiste, em um dia, podermos, através de nossa própria voz, dizermos quem realmente somos. Pois este direito nos foi tirado, e é o que possuimos ou o que fazemos, quem vai dizer, de verdade, quem somos, como devemos ser vistos e tratados pela sociedade. Infelizmente, o ser humano em si, não diz mais nada, perdeu o seu valor. Dessa forma, fica mais que difícil dizermos o que realmente queremos, mas se algum dia pudermos fazer essa escolha, certemente, vamos optar , simplismente, por liberdade. Pois sabemos que somente essa, pode nos devolver a felicidade que tanto almejamos.

Temos mais que o direito de questionarmos todas as proposições presentes neste texto, porém se as reflitirmos, cuidadosamente, poderemos constatar que nada há de falacioso nas mesmas. Mais que isso, não fiquemos aturdidos com a história de Eliane, a menina que vivia se arrastando pelo chão, perto do lixo, suja e sem características de gente. Pois, há em cada um de nós, um pouquinho da Eliene; é certo que não existe lixo, mas há o preconceito, a arrogância, o egoismo, a pre-potência, dentre outros. Tais fatores, também fazem com que saiamos do nosso estado natural de pessoas e, consequentimente, percamos as nossas características de seres humanhos. É preciso e, até querente, sabermos que não somos os protagonistas do mecionado acima, mas sim a nossa própria história de vida, a qual nos engendrou e nos conduz a tais condições.



Djalma Andrade

7.09.2007

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